domingo, 15 de março de 2009

O desequilíbrio deve ser aceito para que ocorra nova aprendizagem


Uma curiosidade que temos é a respeito de como acontece a ampliação da espiral de Piaget. Hoje o assunto será a respeito disso. Caso você aceite que ainda não conhece a respeito, terá chances de reorganizar suas estruturas e ampliar possibilidades de construir conhecimentos caso se permita entender o como, por que e para que saber a respeito desse assunto. Ok?

Para Piaget, somos ao nascer corpo e mente que funciona ainda de forma precária e que necessita de muito apoio externo. Entretanto no decorrer da vida, acontecerá o desenvolvimento e será garantido o próprio funcionamento desse corpo.
O desenvolvimento mental não será cumulativo, somente o conteúdo não garantirá a ampliação de entendimento. Precisaremos também de alterar a estrutura e a forma de funcionamento, ou melhor, nossa mente deverá ser um espiral, flexível, aberta, ampliando-se para níveis cada vez mais amplos.
Como conseguir então ampliar esses níveis? Através do desequilíbrio. Ou seja, a compreensão do sujeito de que aquilo que sabe, pensa e faz está insuficiente para resolver desafios. Daí o entendimento de que o sujeito, nessa perspectiva, é ativo, isto é, ele precisa compreender o que, por que e como se aprende. Caso aceite o desequilíbrio, ele de uma forma ou outra ampliará seu saber.

Para Piaget, alguns desequilíbrios são inerentes à espécie, não há como evitá-los, como por exemplo, a necessidade de respirar ao nascer; crescimento físico; produção hormonal na adolescência; limites colocados pelo meio social; necessidades básicas como fome; sede; frio; sono e afeto.
Por outro lado, as estratégias de assimilação/acomodação, construídas para resolver o enigma do desafio, garantem ao sujeito o acesso a novos patamares de compreensão e de organização das suas formas de pensar, sentir e agir. Nesse momento não há retorno, o sujeito certamente ampliará sua espiral.


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